Notes

Visão estática da sociedade, sem perspectiva de mudança (dogmatismo) => ideia do geocentrismo
Clero regular: clero isolado no mosteiro, principais autores e produtores de conhecimento no feudalismo
Clero secular: lida com o mundo terreno externo: padres, abades, freis
Poder atemporal: poder da religião
Poder temporal: poder do mundo
Alto Clero: quem manda na Igreja: bispo, arcebispo, cardeal
Baixo Clero: subalterno: padres, cônegos
Os filhos dos nobres (o primeiro herda a terra, o segundo vai à Igreja e o terceiro se torna nobre despossuído) vão à Igreja e se tornam Alto Clero. Filhos do servo vão para o Baixo Clero.


Império Bizantino:
Formado a partir da morte de Teodósio em 395, que dividiu o Império Romano entre Ocidental e Oriental. Com a conquista de Constantinopla (em grego, Bizâncio) por Constantino e a queda de Roma, Constaninopla resistiu às invasões que sofreu.
Política: cesaropapismo = influência grande de bizantino, autocrata e désposta na religião também => conflito com a Igreja Romana
Economia: comercial marítima no porto de Istambul + agricultura, que pertencia ao Estado em sua maioria, para abastecer internamente e comércio caso haja excedente; a base da mão de obra eram os camponeses livres (servos), com minoria escravizada
Burocracia: com Justiniano, 527-565, o império se expande na Reconquista, fazendo-se necessário a compilação do direito romano no Corpus Juris Civilis (Código Justiniano). Era dividido em 4 partes: a Codex (conjunto de leis do Império Bizantino, difíceis de entender), o Digesto (explicação da aplicação dos direitos do Codex), as Institutas (princípios fundamentais e imutáveis das leis) e as Novelas (conjunto das novas leis), constituindo a mais importante herança do Império Bizantino.
Religião: o Império Bizantino sofre a disputa entre o poder político x religioso no Oriente X Ocidente. Dentro dele, práticas, chamadas de heresias bizantinas, foram criticadas pela Igreja Romana, como o monofisismo, essência divina x humana de Cristo (seus radicais negam a fisicidade de Cristo) que ganhou força no séc. XIII principalmente no Ocidente no arianismo (pureza da divindade de Cristo, sem materialidade humana) e a iconoclastia, a quebra das imagens religiosas. Há a divisão da Igreja em 1054 com a Cisma do Oriente em Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Ortodoxa Grega.
Cultura e arte: grande influência da arte oriental, com predominância da cor dourada; feita de mosaicos, vitrais e quadros; figuras frontais, sem perfil, sem perspectiva, profundidade e proporção; construção de abóbodas e cúpulas, muito visível em Santa Sofia

Formação do feudalismo europeu/francos
Os francos dominam a Gália em 479 e instalam lá o feudalismo, por Meroveu, mantendo a cultura pagã. Em 496, seu neto Clóvis faz uma aliança com a Igreja para que os francos governassem sua região em troca da fé.
Clóvis, com apoio do Papa, criou a Dinastia Merovíngia, que, 496 - 751, termina com os reis indolentes, que delegavam o poder todo ao prefeito do major domus (mordomos), até que um deles, em 679, Pepino de Heristal determinou seu cargo vitalício e hereditário. Seu filho, Carlos Martel, ganhou mais destaque que o rei após a vitória na Batalha de Poitiers em 732 que impediu a expansão muçulmana na Europa. Seu filho, Pepino, o Breve, foi nomeado pelo Papa rei dos francos, começando a Dinastia Carolíngia (751 - 841). O novo rei começa uma grande expansão territorial, expulsa os bárbaros ostrogodos da Itália, entrega uma grande porção de terra à Igreja, os Estados Papais, pelo Patrimônio de S. Pedro, e determina que a nobreza ocupasse as terras eclesiásticas excedentes mediante pagamento de dízimo. Seu rei mais importante foi Carlos Magno, que dividiu o Império em partes com funções específicas: as marcas tinham autonomia militar nas fronteiras, os condados eram administrados pelos condes e os ducados, os duques. Carlos consegue cada vez mais poder, até ser coroado pela Igreja como imperador de Roma em 800. A investidura submeteu o poder imperial ao papal. Começa, assim, o Império Carolíngio, ou Novo Império Romano do Ocidente. Há o Renascimento Carolíngio, quando Carlos Magno encarregou a Igreja Católica de reacender a cultura greco-romana no reino. Contudo, o Império não foi adiante com o filho de Magno, Luís, o Piedoso, muito submisso ao Papa e que sofre mais invasões bárbares de magiares, vikings, sarracenas. Com sua morte, o Império passa a ser disputada entre seus 3 filhos: Lotário/Carlos Calvo/ Luís, o Germânico, que desestabiliza e enfraquece a região. A igreja, assim, intervem com o Tratado de Verdun, que divide as terras do rei, mas não as suas. A descentralização, o feudalismo e o poder da Igreja Católica se reforça, dando fim ao Império.


Baixa Idade Média (XI - XV)
Crise do feudalismo:
Fome feudal: consequência da subsistência e baixa produtividade dos feudos, além do crescimento demográfico => expulsão dos servos e abandono de suas dívidas; êxodo rural aos burgos => Renascimento Urbano
Renascimento Urbano: o servo agora livre se tornava aprendiz dos artesãos, o que aumentava o número de oficinas e acabou fazendo com que as lojas se unissem nas Corporações de Ofício. As cidades cresceram e surgiu essa nova classe social urbana, os burgueses. Com a situação ainda não resolvida, Urbano II e o Alto Clero em 1095 reúnem-se com a nobreza no Concílio Clermont-Ferrand e decidem iniciar as Cruzadas pela expansão da fé e das terras. Há 8 delas, com destaque à III, a dos reis, e a IV no começo do séc. XIII, a Cruzada comercial, com grande participação burguesa em Veneza, que tenta retomar o comércio com o Oriente reativando o porto da Constantinopla => Renascimento Comercial
O contato com o Oriente trouxe novas tecnologias à agricultura