Notes

Capítulo 1

Lyssa

As vezes não entendo as pessoas, elas são difíceis, bem eu sou diferente sou muito fácil de se compreender, todos a minha volta me conhece, até o sr Mattel (um moço que trabalha na papelaria do lado de casa), sabe que sou indecisa, organizada, que tenho uma melhor amiga chamada Hilary e que gosto de um menino da minha escola, bem depois de ficar quase 40 minutos me esperando escolher qual tipo de pasta era mais adequada para minha nova escrivaninha, enquanto falava com Hilary sobre como Dylan tocou na minha mão quando me emprestou um transferidor na aula de álgebra na quinta. Acho que não é muito justo.
Hilary não tem estado muito presente durante esses últimos meses, descobriu um câncer de mama, sei que pode parecer peculiar, uma menina de 16 anos com um câncer que só atinge mulheres de 60 , tinha 1% de chance de dessa maldita doença atingir adolescentes e a Hilary tinha que está nesses 1%, ela me fez prometer não chorar ou tocar no assunto quando estivermos juntas, mas está sendo difícil conter minhas lágrimas quando vejo ela quase sem cabelo e seus ossos a mostra, por isso conversamos mais por ligações e as vezes a visito, só que odeio pisar em hospitais me faz lembrar coisas em que não quero lembrar, como no dia em que meu pai faleceu, estávamos no nosso carro quando uma moto com um piloto bêbado curvou sem dar seta, graças a Deus não ficamos com ferimentos muito grave, exceto meu pai, a batida foi do lado em que ele estava no corra, os médicos falavam que parecia que ele estava com um Imã porque só atingiu ele, ficou em coma por 1 ano, eu basicamente morava lá, foi um ano muito difícil e o último com ele, meu pai era incrível, era a pessoa que mais me compreendia, sinto tanta falta dele e acho que minha mãe também só que ela tenta não mostrar muito por algum motivo. Ela é uma mulher simpática, tem cerca de 1 50 de altura, é uma baixinha com muitas curvas, tem cabelos longos, ondulados e castanho, rosto afilado, tem a pele parda e olhos escuros puxados, todos falam que Fran e eu somos a cópia dela. Ea é muito forte, sendo viúva e ainda tendo que cria 2 filhas acaba passando o dia e a metade da noite trabalhando, quase não a vejo, nossa relação não é a mesma coisa como antes, não conversamos mais ou quando conversamos acabamos discordamos de alguma coisa boba, sinto falta dela também. Fran é minha irmã mais velha, temos 2 anos de diferença, sinceramente não sei o que passa na cabeça dela, nunca fomos achegadas, nem quando papai ainda estava aqui, ela fala para todo mundo que era a mais próxima dele, mais quando ele estava em coma não pisou nem uma vez sequer no hospital, só queria ficar com o idiota do namorando, ela é a mais diferente de nós três, tem cabelos castanhos no corte estilo long bob, é super alta e muito magra, embora ela ser perfeita, ainda tem problemas com alto estima, para mim é drama, uma vez nosso pai a pegou tentando vomitar o que tinha jantado, e aí descobrimos que ela tem bulimia, é tenho à família mais desequilibrada do estado de Nova York.
Hoje é o primeiro dia do meu novo emprego, na verdade eu nunca trabalhei antes, vou estagiar em uma biblioteca no centro de Manhattan, da para acreditar um sonho! Vou para escola de 7:30 as 14:30 e trabalhar de 15:00 as 20:00, sei que pode parecer corrido e cansativo, mas consigo me organizar sou super organizada.
Por algum motivo o alarme hoje não cooperou, talvez seja porque em vez de colocar 6:00am coloquei 6:00pm.
— Alyssa? Acorda garota já são 7:24 da manhã não tinha que entrar na escola 7:30? • disse minha mãe quase arrancando a porta de tanto bater.
Levanto a cabeça um pouco irritada mas a deito de novo, peraí, ela disse 7:24?
Estou atrasada para escola! Dou um pulo da cama que quase me desequilibro, tomo um banho de meio segundo, prendo meu cabelo num coque meio desajeitado e saio sem tomar café, parece que no dia em que estamos atrasados é o que tem mais complicações, acabei perdendo o ônibus da escola então fui na esperança de pegar um táxi, não queria em plena 7am ir enfrentar os lotados e imundos vagões de Nova York, não tinha nenhum táxi naquele horário, por um milagre apareceu um, estava quase abrindo a porta do carro mas um imbecil passa na frente já entrando sem ao menos pedir por favor ou licença.
— Ei, esse táxi é meu! • disse enquanto fazia força na tentativa de impedi- lo de fechar a porta.
— Ah esse? Como se estou dentro dele? • disse ele com um pequeno tom de deboche batendo a porta.
E ainda me deu e um sorrisinho tosco e acenou com a mão quando o motorista deu partida. Sinceramente odeio nova iorquinos mesmo sendo uma. Fiquei lá parada com cara de boba durante 30 segundos processando o que tinha acabado de acontecer, então sinto uma gota caindo no meu ombro direito, olho para o pequeno molhado na minha blusa e olho para cima, só faltava essa, está chovendo. É isso vai acontecer, vou ir de metrô, eca odeio metrôs.
Chegando na escola um pouco emburrada e super atrasada, dou de cara com sr Gomes o bibliotecário, ele era muito amigo do meu pai, costumavam todos domingos sair 04:00 para pescar.
— Senhorita Miles, era você que eu tava procurando, agora é hora? • disse Gomes fingindo estar bravo.
— Não vai acreditar Gomes, fui sequestrada por uma gangue de motoqueiros asiáticos, lutei até não aguentar mais e foi aí que o líder viu que não era mais forte que eu e decidiu que era melhor me liberar e aqui estou • disse gesticulando com as mãos para fazer mais impacto na história.
— Já usou essa, não é mais original. — Ah coordenadora Catarina está te procurando. • disse Gomes sorrindo
— O que? Por que? Ela disse o motivo? • disse um pouco nervosa.
— Não, só estava te procurando. — e tinha que ser asiático? Tinha quer ser Miles? • sr Gomes é asiático.
Antes de ir para sala da coordenadora decidir ir ao banheiro feminino, entrei na cabine e sentei no vaso, duas meninas entraram logo em seguida falando super alto.
— Você viu como o novato é lindo?
— Sim um gato, super estiloso! Eu estou apaixonada.
Que? Um novato? Deve ser por isso que Catarina está me preocupando, ela sempre me chama para fazer esses guias turísticos na escola, talvez por que sou a única que dou atenção a ela, tô curiosa para o conhecê-lo ele deve ser legal e quero tirar a prova se é mesmo tão bonito assim, deixando bem claro que nem esse menino ou ninguém vai tomar o lugar do Dylan do meu coração. Dylan é um menino extremamente lindo e inteligente que eu conheço desde o primário, ele é alto, negro com cabelos caracolados e um maxilar marcado, ele é um verdadeiro pitelzinho.
Chego na frente da porta da sr Catarina e dou três toques.
— Pode entrar.
— Olá, bom dia sr Catarina o sr Gomes me….
— Ah e finalmente a nossa melhor e única guia turístico chegou • disse Catarina me interrompendo.
— Henry, Alyssa, Alyssa, Henry • diz ela apontado uma mão para mim é a outra para Henry.
Peraí eu o conheço de algum lugar, não acredito, é o ladrão de táxis!


Capítulo 2

Henry

Sinceramente eu odeio me mudar,