Notes

A resposta antirracista histórica do Vasco da Gama
O analfabetismo, critério da Liga Metropolitana para excluir os atletas, foi tema de jornais da época, que apontaram a cassação de jogadores do Vasco que não eram alfabetizados. Na última terça-feira, por exemplo, alunos do colégio Vasco da Gama tiveram uma aula magna sobre a Resposta Histórica. Participaram o vice-presidente geral Carlos Roberto Osório, o vice-presidente de história e responsabilidade social Horacio Junior e o historiador Walmer Santana. Com isso, a diretoria Vascaína desistiu de integrar a nova liga e entregou a carta, que seria nomeada de “Resposta Histórica” aos cartolas rivais, rechaçando a ordem para abrir mão dos atletas negros e pobres.


Após uma trajetória vitoriosa no remo, vencendo diversos campeonatos cariocas, um outro esporte chega ao Brasil e começa a tomar os olhares do público brasileiro. Eles buscaram perseguir esses jogadores para enfraquecer o Vasco, impedindo que o Vasco ou qualquer outro clube, faça o que o Vasco fez. Os Campeonatos Estaduais para muitos times são a única oportunidade de ganharem um título, o que torna ainda mais importante a preparação da arbitragem. Neste trabalho privilegiarei o enfoque da mídia e como seus atores constroem as representações sobre os jogadores brancos, negros e mestiços no futebol brasileiro.
"No início do século 20, a maior parte da população brasileira era analfabeta, índice historicamente maior sobre a população negra do país", aponta a pesquisa do historiador vascaíno. Em 1917, surgiu a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), e o estatuto instituído trazia o analfabetismo como um dos principais impeditivos para um jogador ser inscrito. clique aqui e saiba mais exemplo, "aquelles que exerçam profissões humilhantes que lhes permittam recebimento de gorgetas" não poderiam participar.
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Este processo é dissimulado pela comunicação imposta pela mídia, o que Bourdieu (1970) já havia constatado na comunicação pedagógica em relação à reprodução da ideologia. Assim, entendo que esta comunicação acarreta uma perpetuação do racismo de forma não-consciente. A recusa do Vasco em ingressar na AMEA foi um ataque direto ao núcleo central da representação social daquela época, o que gerou uma crise.
Foram 12 faltas no total e apenas um cartão amarelo e sete impedimentos. A casa aberta e inclusiva do Vasco da Gama deu oportunidades a vários jogadores oriundos de clubes pequenos e agremiações dos subúrbios. Dentre elas, a exclusão de 12 jogadores, sob o argumento de maior controle sobre "a moral no esporte" e de se defender um futebol que fosse puramente amador. A princípio, interpretei esta frase como uma tentativa de eugenização do futebol carioca, que de certa forma acompanhava o movimento eugênico da medicina social no Rio de Janeiro.
É importante esse cuidado da CBF quanto as reclamações, na edição passada foi demais. Era só soar o apito ou levantar a bandeira que a chiadeira começava, rodas em volta de árbitros e assistentes, reuniões intermináveis ao redor do monitor, na beira do gramado para acompanhar qual seria a decisão do árbitro, após olhar o vídeo. Mas é preciso ter claro também, que tudo isso, não pode ser um escudo indispensável à preservação da autoridade.
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“Com uma proposta diferente da maioria dos times de então, que eram mais fechados e elitizados, o Vasco surge primeiro em uma região central da cidade, com bairros mais carentes dentro do Rio de Janeiro, e como clube aberto para todas as origens e cores”, ressalta o jornalista. O árbitro relatou na súmula de Vasco x Santos episódios de arremesso de objetos no gramado de São Januário por parte de vascaínos. https://cutt.ly/t6OqvAh de abril de 1924, o Vasco da Gama se recusou a excluir seus jogadores da classe operária, negros e analfabetos para se filiar na AMEA. No campeonato nacional, o Vascão é Tetracampeão, sendo a sua última conquista no ano 2000. Temporada em que o elenco era recheado de estrelas como Romário, Edmundo e Juninho Pernambucano.
Qual é o time que tem a história mais bonita do futebol brasileiro? Sem dúvida o Vasco da Gama é este time. Não só pelo combate ao racismo, pela construção do maior estádio da América Latina, na época (somente com dinheiro da torcida), mas também porque sua história se mistura com a do Brasil. Qual equipe de futebol tem a cultura e a história mais relevantes?

Quais os times brasileiros pioneiros na inclusão de jogadores negros no seu elenco? Resposta Histórica: Vasco da Gama, o clube que abriu as portas do futebol para os negros Esportes EL PAÍS Brasil.




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