Notes

Mas que esforço em te esquecer! Leave me, and i can't love Him this way!

- Magdalena, por que você deixa seu cabelo preso? Ele fica bem mais bonito solto!- ele disse, com aquele tom de bronca, mas segurando um sorriso. - Vou dar um jeito nisso.
- Hermann, nem vem! - Lena protestou, rindo nervosamente.
Ele deixou o sorriso livre, ele caminhou até ela. Aquele sorriso fez o coração de Magdalena bater mais forte; ele era lindo! Quando ele sorria, franzia os olhos, castanhos e brilhantes. Que perigo era ela olhar pra ele, tão vulnerável ao que quer que aquele olhar produzia em seu coração.
"Magdalena, focus", ela disse a si mesma.
Já com as mãos em seus cabelos, puxando seu elástico carinhosamente, Hermann riu alto.
- Hermann, para!- Lena disse, fechando os olhos, arrependendo-se do que quer que aquele prazer que sentia fosse.
- Shhh, Magdalena! - ele tentou arrumar o cabelo dela, que estavam quase alcançando-lhe os ombros. - Ta bem melhor agora.
Lena tinha que dizer algo a ele. Isso não iria funcionar; quanto mais tempo ela passasse com ele, com ele a tratando desse jeito... em breve ela cometeria uma traição. E o amor dela e de Peter não era desperdiçável.
- Hermann, é sério. - ela não sorriu.
- Que brava! Magdalena, aprende a brin...
- Hermann, me escuta! - ela o interrompeu.
Aqueles olhos castanhos, antes franzidos e felizes, agora eram arregalados e preocupados.
- Hermann, conversar com você, do jeito que conversamos, nessa amizade assim... me deixa muito confusa quanto aos sentimentos que eu tenho por outra pessoa. E eu realmente gosto dela, digo, dessa pessoa, e já tenho um compromisso.
Hermann assentiu com a cabeça, e disse
- E isso te perturba, certo? Digo, eu.
Lena o olhou nos olhos. Não havia vitimismo ou frustração na sua expressão; na verdade, ela percebeu até um pouco de frieza no jeito com o qual ele a olhava.
- É. - ela respondeu; e, juntando toda sua coragem, continuou - A gente pode tentar dar um tempo. Uns dias sem nos falarmos, sabe?
- Ok, então. - ele completou, olhando para o chão e mexendo bastante no cabelo.
- Aí talvez seja o bastante para o meu coração voltar pro lugar, e.. acalmar-se. Você me entende, né, Hermann?
Ele levantou a cabeça, e riu sarcasticamente:
- Eu entendo! Confia em mim, Magdalena, e me diz um negócio: quem é ele?
Lena, que sabia que essa pergunta viria, olhou para baixo.
- Hermann, não tenho a menor intenção de te contar, nem tenta. - ela disse, com toda a firmeza que lhe restava.
Ela sempre se surpreendia com sua capacidade de ser firme e de falar as coisas que tinham que ser faladas, por mais difícil que fosse.
- Ok, então - ele respondeu, e abriu um sorriso com pitadas de sarcasmo - Eu te ofereço um trato.
- Um trato?
- Isso. Conte-me quem ele é - simples assim - ou...
- Ou o quê, Hermann? - Magdalena o interrompeu - Eu não vou te contar, Hermann, pouca importa o que você fizer.
- Ok, então eu não vou te ajudar. - ele concluiu; e, diante da confusão que Lena deve ter expressado em seu rosto, ele começou a sair da biblioteca.
Lena não o entendeu em um primeiro momento. Até que ele se virou, e