Notes

Peraí, deixa eu ver se entendi...

a) Bater panela é ridículo porque é protesto de dondoca. Protesto para a tomada do poder, pra ser sério, se faz a la che guevara, mao e lenin. Com armas, violência e morte.

b) Então, quem devia tomar o poder era o exército, certo? Não, porque se o exército tomar o poder tem arma, violência e morte.

c) A gente devia pedir impeachment, então... Não, porque pedir impeachment é de legalidade questionável e a gente não deve apoiar atos com legalidade questionável. Mas apoiar um governo corrupto, evidentemente anti-republicano e com abertas tendências totalitárias, pode...

E por que a gente vai pra rua mesmo? Porque a gente odeia a pobres.

E vocês nos desprezam.. por quê? Porque somos a elite branca.

Okay...

Vocês ridicularizam os que protestam pacificamente, porque é ridículo protestar pacificamente. Coisa de burguês.

Vocês atacam quem clama pelo exército (e com toda a razão, se não fosse uma questão de moral-dupla. Já falei que quanto à falta de democracia, a esquerda brasileira tem complexo de vira-lata. Adora todos as ditaduras, menos a nossa).

Vocês não suportam quem (supostamente) foge da legalidade para tirar um governo corrupto. Mas apoiam o governo corrupto que, por definição, foge da legalidade.

Vocês acham que nós odiamos os pobres. Já vocês amam tanto os pobres, que até dão 35 reais a eles pra defender o que vocês querem.

Vocês nos odeiam porque somos brancos (sic) de classe-média, mesmo que você seja uma branco de classe-média.

Então, deixa eu contar uma coisa pra vocês... uma coisa que a gente já sabe:

Nós já sabemos que vocês não odeiam quem clama por violência (mesmo que a imensa maioria de nós, que estamos contra o governo, odeie); nós sabemos que vocês não tem nada contra ilegalidades.

Nós sabemos que vocês não amam os pobres coisas nenhuma. Vocês amam a pobreza, pois cidadãos miseráveis e ignorantes são preço barato para suas intenções.

Nós sabemos tudo isso.

Mas deixa, agora, eu contar algo que vocês não sabem:

Isto não é uma revolta contra um governante ou uma classe política. Isto não é uma pequena revolução francesa. Isto é a Guerra da Reconquista.

Nós quebramos o monopólio do discurso esquerdista na mídia e nas universidades; nós os superamos esmagadoramente nas ruas e nós vamos tomar de volta a cultura que a degradação intelectual e ética esquerdista tomou de nós.

Sim, talvez sejamos as classes médias.
Como éramos nas Diretas Já e no Fora Collor.

Mas não estamos na rua porque queremos manter privilégios, ou porque (que argumento ridículo, meu Deus) odiamos ver os pobres nos aeroportos. Não é nosso pescoço que está apertado com o desgoverno do país.

Se estamos nas ruas não é porque não nos interessa os pobres. É porque a nós não nos interessa a pobreza.

Não é a nós que nos aproveita uma população miserável e ignorante.

Não somos nós que lucramos com a ignorância de um povo que pode acreditar que um candidato de oposição retomará a escravidão no país; nem somos nós que lucramos com a miséria de desempregados, que aceitam 40 dinheiros e um pão com mortadela para defender causas que sequer lhes informaram.

Se estamos na rua é, sim, porque não dependemos do governo. E é justamente por isso que a esquerda nos odeia.

Não é pela varanda do nosso apartamento, que vocês menosprezam do prédio da frente. Não é pelo nosso carro, do qual o carro de vocês é vizinho de garagem.

Vocês nos odeiam porque nós somos a parte da população que o PT não pode comprar, nem chantagear. Vocês nos odeiam porque somos livres e não existe nada que a esquerda odeie mais do que a liberdade.

Nós não somos contra programas assistenciais ou contra avanços sociais... nós somos contra a exploração da pobreza e da vulnerabilidade do nosso povo, como meio para a consecução do projeto de poder mais espúrio que este país já viu.

Não somos contra a assistência que liberta, mas contra a assistência que aprisiona.

Pois o chefe da quadrilha não queria dividir o Brasil entre "nós e eles"? Avisem-lhe que ele conseguiu. Mas não se esqueçam que agora o lado de cá é muito maior que o lado de lá.

Não se preocupem tanto com o impeachment, este é o menor dos problemas de vocês.

Não viemos aqui para exigir cargos ou assentos.

Nós viemos aqui pra recuperar nossa cultura.
Nós viemos pra recuperar nosso país.
Nós estamos nas ruas.
E somos milhões.

Vocês demoraram meio século para dominar o Brasil. Nós acabamos com tudo em 24 horas.

Não é que estejamos começando. Nós já acabamos.

A revolução aconteceu.... mas foi a nossa.

O Brasil já não é mais petista.

Que o governo passe também a não ser... é só questão de tempo.